CENTENÁRIO EDUARDO LOURENÇO

“O Esplendor do Caos. Livros e Bibliotecas de Eduardo Lourenço” – Fotografias de Duarte Belo e Rui Jacinto

As fotografias que fomos conhecendo da Biblioteca de Eduardo Lourenço na sua residência em Vence transmitiam a ideia dum universo caótico oposto do que se observa, hoje, quando revisitamos os mesmos livros nas instituições a quem o Ensaísta os doou: a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda; a Faculdade de Letras e a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, a Casa da Cidadania da Língua, em Coimbra; e a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) em Lisboa. A exposição e o catálogo, que resultam dum périplo por estes locais intimamente ligados ao imaginário e à geografia vivida por Eduardo Lourenço, procuram abrir algumas janelas para um labirinto infindável de detalhes, informação e conhecimento.

O título desta obra concentra com nitidez, na pequena escala de uma expressão, o sentido e a forma do Programa do Centenário do Nascimento de Eduardo Lourenço que o Centro de Estudos Ibéricos organizou para celebrar o itinerário e a presença do seu inesquecível mentor.

O conjunto de textos de reputados especialistas na obra Lourenciana aqui reunido é um contributo relevante para (re)ler Eduardo Lourenço e para, através da sua escrita cintilante, e frequentemente quase encantatória, aceder ao denso enigma dos dias que vivemos.

O livro “A Biblioteca de Eduardo Lourenço”, coordenado por António Pedro Pita e Rui Jacinto, reúne as referências bibliográficas de todas as obras da biblioteca pessoal do Ensaísta. Eduardo Lourenço legou a sua biblioteca e o seu acervo literário, a cinco espaços diferentes: a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda; a Faculdade de Letras e a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, a Casa da Cidadania da Língua, em Coimbra; e a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) em Lisboa. O significativo repositório de informação compilada nesta obra é um contributo para melhor conhecer a obra de Eduardo Lourenço e os labirintos do seu pensamento.

Reúnem-se neste volume as intervenções que, nos dias 15 e 16 de junho de 2023, na Biblioteca Municipal da cidade da Guarda, exploraram o “fascínio e miragem” que o Brasil representou para Eduardo Lourenço. Sob o título “Eduardo Lourenço: um tempo brasileiro breve, mas duradouro”, um grupo de especialistas convidados analisou e discutiu quer os textos que o ensaísta nos deixou sobre matéria brasileira, quer o lugar da coisa brasileira na sua obra e no seu trabalho intelectual. O colóquio integrou-se nas comemorações do centenário de nascimento do ensaísta, sob a égide do Centro de Estudos Ibéricos e com a colaboração de várias entidades, de entre as quais o Centro de Estudios Brasileños, a Área de Filología Galega e Portuguesa (GIR EP&B/Colaboratorio Europeo de Estudios Brasileños), ambos da Universidade de Salamanca, e o Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Coimbra.

A obra, da autoria de João Tiago Lima e Isabel Rosete, reúne todos os textos encontrados pelos Autores e que Eduardo Lourenço publicou desde 1943 até à data da sua morte (2020). Não se trata de uma lista definitiva, porquanto é bem possível que existam muitos outros textos publicados. Este repertório constitui uma ferramenta muito útil para todos os pesquisadores que desejem começar a estudar a obra de Eduardo Lourenço.

Os textos que se dão à estampa compilam notas e artigos editados em várias publicações, produzidos em diferentes momentos, resultantes das múltiplas intervenções que marcaram a afetuosa e frutuosa colaboração de Eduardo Lourenço com a Guarda e o CEI. Fazendo jus ao percurso ensaístico do seu autor, a diversidade das abordagens levou ao agrupamento nos eixos temáticos que melhor definem os sentidos de mais de uma década de cooperação: A Guarda e o seu entorno, textos matriciais onde discorre sobre a Guarda, a região e a estrutural emigração; CEI e Prémio Eduardo Lourenço, testemunhos sobre o Centro e algumas personalidades contemplados com o prémio de que é patrono; Diálogos transfronteiriços: a Ibéria e a Europa, onde aborda assuntos cuja reconhecida competência lhe mereceu a distinção com um prémio europeu; Itinerários ensaísticos, que reúne várias intervenções, designadamente sobre alguns escritores; Regresso sem fim, documenta, simbolicamente, a corrente de afetos, nunca interrompida, com a pequena pátria beirã. Além de conferir unidade e coerência a títulos diversos e dispersos, a compilação destes textos concretiza uma edição comemorativa do 90.º Aniversário do Professor Eduardo Lourenço.

O Outro Lado da Lua – Inéditos de Eduardo Lourenço

(Coleção Iberografias, Nº 3, coord. Maria Manuela Baptista, ed. CEI, CM Guarda, Maio, 2005)

Colectânea de textos inéditos de Eduardo Lourenço sobre a Ibéria proferidos no âmbito de seminários e colóquios promovidos pelo Centro de Estudos Ibéricos e outros ensaios sobre o legado cultural ibérico. A coordenação deste 3º volume da colecção “Iberografias” é de Maria Manuel Baptista, docente da Universidade de Aveiro, que também é responsável pela entrevista introdutória.

Espanha, o vento e o casamento – Contributos para uma consciência cultural ibérica (pag. 9-13)

I – Identidade Ibérica: Portugal não é uma ilha (pag. 17-42)

II – Da Guarda à Ibéria Europeia 

Lembrança Espectral da Guarda (pag. 45-51)

Oito Séculos de Altiva Solidão (pag. 53-65)

Fantasmagoria Europeia: Nós e a Nova Espanha (pag. 67-70)

O Novo Destino da Península (pag. 71-75)

A Península como Problema Europeu (pag. 77-83)

III – A Ibéria em Análise 

Identidade e Cidadania, uma Perspectiva (pag. 87-90)

De España y de Portugal como Literatura (pag. 91-102)

Gracián ou le Chaînon Manquant (pag. 103-113)

Jorge Guillén ou Uma Outra (e Mesma) Espanha (pag. 115-124)

Existência e Filosofia - O ensaísmo de Eduardo Lourenço

(Coleção Iberografias, Nº 12, João Tiago Pedroso de Lima, ed. Campo das Letras-Editores, S.A., CEI, CM Guarda, Maio, 2008)

O livro “Existência e filosofia. O Ensaísmo de Eduardo Lourenço”, da autoria de João Tiago Pedroso de Lima foi apresentado no dia 23 de Maio, por ocasião do aniversário do Prof. Eduardo Lourenço, que proferiu algumas palavras de apreço ao Autor. Esta obra que se ocupa da caracterização do ensaísmo de Eduardo Lourenço, é fruto da investigação que corresponde, em grande parte, ao texto de Dissertação de Doutoramento em Filosofia apresentada à Universidade de Évora pelo Autor. João Tiago Pedroso de Lima não se limita a acompanhar um itinerário, navegando nas águas tranquilas da doxografia: constrói o percurso de Eduardo Lourenço, isto é, mostra onde e como foi excedido. Onde e como o excesso, a ficção e a melancolia imaginam para nós, acima de tudo, aquilo que somos.

“As ilhas e o arquipélago ou a nostalgia hegeliana” – António Pedro Pita   (pag. 9-12)

Introdução (pag. 13-20)

A Existência e a Tentação do Absoluto. Liberdade e Temporalidade num pensamento ensaístico (pag. 21-44)

Experiência Religiosa e Limites do Discurso Teológico. A leitura de Sören Kierkegaard por um místico sem fé (pag. 45-78)

A Ontologia Negativa em Fernando Pessoa (pag. 79-134)

O Espelho Impossível ou reflexões entre Ensaio, Diário e Crítica (pag 135-176)

O caso Antero de Quental (pag. 177-204)

Socialismo e Ética (pag. 205-234)

Portugal: Mitos, Imagens e Destinos (pag. 235-)

Vida Partilhada – Eduardo Lourenço, o CEI e a Cooperação Cultural

(Coleção Iberografias, Nº 21, coord. Rui Jacinto, ed. CEI, Guarda, Junho, 2013)

Este número compila vários textos de Eduardo Lourenço, concretizando uma edição comemorativa do 90º aniversário do autor. «Com esta iniciativa, manifestamos a nossa reconhecida gratidão a quem permitiu que “uma  simples sugestão se convertesse em vida partilhada”. E assim, mais do que mostrar o nosso afeto é continuarmos a aventura dum Regresso sem Fim à Guarda e às nossas matriciais origens.» (do Prefácio).

O desígnio do pensador, o espírito do lugar  (pag. 5-10)

A Guarda e seu entorno (pag. 11)

Lembrança espectral da Guarda (pag. 13-18)

Oito séculos de altiva solidão (pag. 19-23)

Do Portugal emigrante ao Portugal europeu (pag. 24-33)

Navegadores por ruas estrangeiras (pag. 34-37)

CEI. Prémio Eduardo Lourenço (pag. 39)

Todos nós ibéricos (pag. 41)

Agitadores do espírito ibérico (pag. 42-44)

Vida partilhada (pag. 45-46)

Um dom com memória futura (pag. 47)

O duplo rosto da fronteira (pag. 48-49)

O génio não tem comentário (pag. 50-52)

As fronteiras que não têm fronteiras (pag. 53-54)

Todos os nossos mitos e toda a nossa memória (pag. 55-57)

Diálogos transfronteiriços: A Ibéria e a Europa (pag. 59)

A Península como problema europeu (pag. 61-67)

Identidade e cidadania (pag. 68-71)

As Relações ibéricas no contexto da nova europa (pag. 72-74)

Jogos de fronteira, jogos de memória (pag. 75-76)

Itinerários ensaísticos (pag. 77-78)

Eu ensaísta me confesso (pag. 79-82)

Camões e Cervantes (pag. 83-90)

Sobre Manuel António Pina (pag. 91-92)

O nosso tempo e o tempo dos outros (pag. 93-97)

Tempos de Coimbra (pag. 98-103)

Regresso sem fim (pag. 105)

Quem vê o seu povo vê o mundo todo (pag. 107-116)

Rotas Culturais: Regresso sem fim (pag. 117-)

Falar Sempre de Outra Coisa – Ensaios sobre Eduardo Lourenço

(Coleção Iberografias, Nº 22, João Tiago Lima, ed. CEI, Guarda, Julho, 2012)

O presente livro, da autoria de João Tiago Lima, reúne quinze ensaios escritos em ocasiões muito variadas, tendo grande parte deles aparecido anteriormente em publicações dispersas. No entanto, em todos os capítulos, ou pelo menos naqueles que compõem a primeira parte desta edição, o leitor encontrar um traço comum, pois são sempre ensaios ou interpretações, mais ou menos amplos, escritos sobre ou a pretexto do pensamento de Eduardo Lourenço. Deste modo, desenvolvem-se e aprofundam-se alguns dos tópicos já estudados em “Existência e Filosofia – O ensaísmo de Eduardo Lourenço” (2008, nº  12 da presente coleção Iberografias).   O caso das interpretações que Eduardo Lourenço faz do chamado problema da filosofia portuguesa (capítulo um), bem como a dimensão religiosa do seu pensamento (quarto). No entanto, neste livro, abordamos também novos temas, como sejam o colonialismo português (sete e oito), o destino da Europa num mundo globalizado (nove e dez) ou as relações da obra de Eduardo Lourenço com o estruturalismo (onze). A segunda parte de “Falar sempre de outra coisa” recolhe quatro ensaios que, não versando directamente o ensaísmo de Eduardo Lourenço, tem, quanto a nós, notórias afinidades com o resto do livro. Em três deles (doze, treze e quinze) tentamos refletir sobre algumas vertentes das obras de ensaístas ou filósofos portugueses que, de uma forma ou de outra, se aproximam de preocupações comuns do autor de “O Labirinto da Saudade”.   O caso de Sílvio Lima (que foi professor de Eduardo Lourenço na Universidade de Coimbra), José  Bacelar, Mário Sacramento, João Martins Pereira e, nos dias de hoje, de Manuel Maria Carrilho. Um outro texto (catorze), por fim, procura revisitar a teoria estética de David Hume, designadamente o seu conceito de “standard of taste”, fazendo-o   luz daquilo a que Eduardo Lourenço chamou, em meados do século passado, crise da consciência judicativa. A expressão, elegida para título deste livro, foi inspirada numa passagem do quase esquecido ensaio de Eduardo Lourenço sobre o discurso acerca de Deus, que terá  um tratamento mais alargado em capítulo já  referido.

Sobre Eduardo Lourenço (pag. 11)

Nem isto, nem aquilo. O problema da filosofia portuguesa (pag. 11-54)

Heterodoxias ou uma deserção sem fim (pag. 55-64)

Por que razão se é um ensaísta (pag. 65-66)

Falar sempre de outra coisa ou os limites da teologia para um místico sem fé (pag. 67-74)

As casas do Neo-Realismo e o resto (pag. 75-100)

Poesia e filosofia: digressões entre Antero e Pessoa (pag. 101-110)

Existência e ficção ou o Brasil como “personagem” (pag. 111-118)

A Situação Africana ou o colonialismo como mito (pag. 119-130)

Imaginar a Europa: de sujeito a enjeu da História (pag. 131-140)

Cultura, Europa e Mundialização. Sobre O Esplendor do Caos (pag. 141-148)

A tensão estrutural da filosofia na segunda metade do século xx (pag. 149-160)

Outros Ensaios (pag. 161)

Outros caminhos do ensaísmo português do século xx: José Bacelar, João Martins Pereira e Mário Sacramento (pag. 161-188)

Sílvio Lima: racionalismo e modernidade (pag. 189-206)

Do padrão do gosto à crise da crítica (pag. 207-214)

Manuel Maria Carrilho ou quando se faz filosofia (pag. 215-220)

Sobre a origem dos textos que compõem este livro (pag. 221-222)

Metafísica da Revolução – Poética e Política no ensaísmo de Eduardo Lourenço

(Coleção Iberografias, Nº 23, Teresa Filipe, ed. CEI, Guarda, Junho, 2013)

O principal objectivo deste ensaio, da autoria de Teresa Filipe, é o de aproximar a noção de poética crítica desenvolvida na obra de Eduardo Lourenço, especificamente em Tempo e Poesia (publicado em 1974), a uma conceção original de Existência como Poesia. Desta aproximação, que procura um modo de ser mais autêntico, evidencia-se a necessidade de adoção de um pensamento meditativo-poético em detrimento de um pensamento categorizador, calculador ou ordenador. Entendemos ser isto informado por um “paradigma metafísico” singular, a famosa Heterodoxia. A procura da autenticidade revela a necessidade de uma Revolução, seja esta política (Revolução dos Cravos de 1974, em Portugal), intelectual (a necessidade de encontrar uma alternativa aos paradigmas oposicionais vigentes – nos anos 40 em Portugal, Catolicismo e Marxismo), poética (sendo a linguagem o lugar onde a Revolução deve ter início) ou ontológica. A necessidade de nos considerarmos principalmente como Tempo e Poesia significa desocupar uma suposta posição privilegiada de modo a, em última instância, nos podermos reconhecer como seres essencialmente poéticos, alcançando, deste modo, um entendimento do Outro sobre o Eu. Este ensaio pressupõe, finalmente, uma visão da vida humana essencialmente como devir.

Prefácio (pag. 7-11)

Introdução (pag. 13-17)

Heterodoxias ou a insuficiência do discurso (pag. 19)

Sobre um Itinerário sem Balizas (pag. 19-26)

Tempo e poesia  (pag. 27-29)

Poética da Realidade (pag. 31-38)

Acontecimento-Pessoa (pag. 39-44)

Heterocrítica ou Crítica-Outra (pag. 45-56)

Leitura Criadora (pag. 57-60)

Linguagem-universo (pag. 61-67)

Para uma política do impossível (pag. 69-78)

Conclusão (pag. 79-81)

Andanças e reflexões transfronteiriças: Roteiro Miguel de Unamuno – Eduardo Lourenço

(Coleção Iberografias, Nº 34, coord. Rui Jacinto; Valentín Cabero, ed. CEI, Guarda,  Julho 2018)

Por ocasião da celebração do VIII Centenário da Fundação da Universidade de Salamanca (1218/2018), o Centro de Estudos Ibéricos (CEI) juntou-se com espírito fraterno e com olhar posto na “comum alma ibérica ” à comemoração de tão longa vida académica e da sua frutífera e precoce presença no mundo peninsular, na Europa e no Mediterrâneo, e no Novo Mundo. A sua dimensão verdadeiramente universal e aberta à defesa dos direitos humanos compromete-nos, novamente, com o futuro e com a responsabilidade de transformar o Centro de Estudos Ibéricos num lugar de encontro ativo e de encruzilhada interdisciplinar, solidário com os territórios mais desfavorecidos do interior raiano e com as distantes terras ibero-americanas ou da Lusofonia. Por isso, o Curso de Verão de 2018 é orientado para um encontro cultural com o território, a partir de um itinerário transfronteiriço e com textos reconhecidos de dois grandes Pensadores iberistas e com indubitável capacidade reflexiva e critica: Miguel de Unamuno, que foi Reitor da Universidade de Salamanca, e Eduardo Lourenço, o grande Pensador português atual que inspirou o Centro de Estudos Ibéricos. Tomam-se como referências as cidades de Coimbra e de Salamanca, assim como suas universidades, unidas há seculos por laços históricos e humanos, e a cidade da Guarda, convertida em marco de confluência que renova os seus vínculos com o iberismo e a cooperação através do CEI. O itinerário não esquece o mundo rural e a própria raia que deixou de exercer de fronteira fechada e soberana, visitando lugares representativos e estreitamente relacionados com os dois Pensadores.

Andanças e Reflexões Transfronteiriças – Valentín Cabero; Rui Jacinto (pag. 9-40)

Sobre la Europeización (Arbitrariedades) – Miguel de Unamuno (pag. 43-55)

Nós, a Espanha, a Europa  – Eduardo Lourenço 

A Espanha e nós (pag. 57-62)

Fantasmagoria Europeia: Nós e a Nova Espanha (pag. 63-65)

A Península como problema europeu (pag. 66-70)

Roteiro Miguel de Unamuno – Eduardo Lourenço: Coimbra-Guarda-Salamanca, um Eixo Científico e Cultural

Coimbra – Miguel de Unamuno (pag. 74-78)

Tempos de Coimbra – Eduardo Lourenço (pag. 79-92)

Guarda – Miguel de Unamuno (pag. 94-98)

Oito séculos de altiva solidão – Eduardo Lourenço (pag. 99-110)

Fronteira, traço de união: espaços e aldeias Raianas 

Los Arribes del Duero – Miguel de Unamuno (pag. 112-124)

Regresso sem fim: S. Pedro do Rio Seco e a fronteira – Eduardo Lourenço 

O duplo rosto da fronteira (pag. 125-127)

As fronteiras que não têm fronteiras (pag. 127-129)

Jogos de fronteira, jogos de memória (pag.129-131) 129

Quem vê o seu povo vê o mundo todo (pag. 131-148)

Salamanca – Miguel de Unamuno (pag. 150-161)

Atardecer de estio en Salamanca (pag. 155-157)

Oda a Salamanca (pag. 157-161)

O Novo destino da Península – Eduardo Lourenço (pag. 162-165)

Leituras de Eduardo Lourenço - Um labirinto de saudades, um legado com futuro

ed. Centro de Estudos Ibéricos, Guarda, novembro 2008

Não é impossível elaborar bibliografias de e sobre Eduardo Lourenço. Provam-no as muitas e variadíssimas que estão feitas e publicadas e que o leitor atento certamente conhece. Diferente, e porventura inalcançável, será estabelecer a lista completa ou definitiva dos textos que Eduardo Lourenço escreveu ou publicou até hoje. Esta obra representa um invulgar trabalho de pesquisa que nenhum investigador sério da obra de Eduardo Lourenço pode ignorar.

Um (e)terno olhar - Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira e a Guarda

ed. Centro de Estudos Ibéricos, Guarda, 27 de novembro de 2008

O Catálogo “Um (e)terno olhar. Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira e a Guarda” foi lançado no dia 27 de novembro de 2008, por ocasião das inaugurações da BMEL e da Exposição referente ao Catálogo. Este Catálogo é sentidamente projetado para a vida e obra do autor de Labirinto da Saudade, mas também para a vida e obra de Vergílio Ferreira, amigo fraterno a quem Eduardo Lourenço se quis indissoluvelmente ligar.

Girando em torno destas duas personalidades ímpares, oriundas do Distrito da Guarda, conjugam-se neste projeto três discursos: um discurso plástico, da responsabilidade dos fotógrafos Arménio Bernardo, Fernando Curado Matos, Luísa Ferreira e Monteiro Gil; um discurso literário, através dos registos de um e de outro escritor captados nas suas vastas e ricas bibliografias; e um discurso de adequação do registo plástico ao literário, enquadrado pelos olhares de António Pedro Pita, Cristina Robalo Cordeiro, Almeida Faria, João de Almeida Santos, Fernando Catroga e Jorge Gaspar.

À organização dos conteúdos presidiu igualmente um critério de trilogia: as origens dos nossos autores, as suas errâncias por locais e países diversos e o regresso, visualizado como um retorno a uma Guarda sempre sentida como local revisitado com a ternura que só os afectos conferem.

Tempos de Eduardo Lourenço – Fotobiografia

Manuela Cruzeiro e Maria Manuel Baptista, ed. Centro de Estudos Ibéricos, Guarda, maio 2003

Da autoria de Manuela Cruzeiro e Maria Manuel Baptista, esta fotobiografia pretende assinalar os 80 anos de vida de Eduardo Lourenço, organizando o seu percurso biográfico e intelectual a partir de textos do próprio autor. Com a chancela da editora Campo das Letras e patrocinada pelo Centro de Estudos Ibéricos e por Coimbra Capital Nacional da Cultura, a obra inclui ainda uma cronologia completa da vida e obra do autor, para além de referenciar exaustivamente a obra de Eduardo Lourenço publicada no país e no estrangeiro nos últimos 60 anos.